Por Marcos Venicios
A situação interna do MDB não é das mais tranquilas nos últimos dias. Os efeitos colaterais da reunião realizada no início desta semana onde o partido definiu que vai trabalhar para lançar candidato ao governo e ao senado em 2022, mas mesmo assim continuará apoiando o governo Gladson Cameli gerou revolta entre seus correligionários que defendem o rompimento definitivo com o Palácio Rio Branco.
Entre os que contrariam o pensamento do presidente do partido no Acre, o deputado Flaviano Melo (MDB), está o deputado estadual Roberto Duarte, da ala dos independentes da Assembleia Legislativa, mas considerado uma das principais vozes da oposição contra a gestão Cameli.
Ao ac24horas, Duarte declarou nesta sexta-feira, 2, que como o partido Progressista, do governador Gladson Cameli, já definiu que terá uma “chapa pura” para eleições do ano que vem, foi aberta a brecha para que os partidos se articulem também.
“O PP já decidiu que tem candidato ao governo e senado. Já decidiu também que vai ter candidato a vice, e que o Alysson Bestene, por ser da confiança do Glason, será o vice. Então, eu vou assumir a interlocução para conversar com os partidos para viabilizar uma candidatura ao governo com o apoio do presidente Jair Bolsonaro”, disse o emedebista.
Duarte informou que vai conversar com os dirigentes do Republicanos, PSL, PSDB, PTB, Avante e o Patriotas para chegar num consenso em torno de um nome que para ele é o do senador Márcio Bittar (MDB). “Eu vou trabalhar para convocarmos o Márcio Bittar. Não será um convite, será uma convocação para ele ser candidato ao governo em 2022. Ele é o único que reúne os pré-requisitos fundamentais para ser o candidato do Bolsonaro no Acre”, disse.
A missão de Duarte e dos demais rebeldes do MDB deve focar no convencimento já que na reunião fechada do MDB, Bittar teria dito que não tinha interesse em disputar as eleições do ano que vem.
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