O possível retorno do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao PP, partido na qual foi filiado entre 1993 e 2003 e depois de 2005 a 2016, deve frustar duas das principais intenções do senador Márcio Bittar para 2022: a de ele próprio concorrer ao Palácio Rio Branco como uma espécie de embaixador bolsonarista no Acre durante as eleições e a candidatura ao Senado de Márcia Bittar, sua ex-esposa, pelo partido do presidente. É que o PP já tem Mailza Gomes, presidente do partido, e Gladson Cameli como pré-candidatos à reeleição.
Bolsonaro ficou mais próximo do retorno ao PP com a ida do presidente nacional do partido, Ciro Nogueira, para o comando da Casa Civil. No Senado, Ciro, que é altíssimo clero, é considerado uma espécie de resolve tudo pela habilidade política de transitar em polos políticos completamente diferentes.
Em entrevista a uma rádio do Mato Grosso do Sul, transmitida ao vivo em seu Facebook, Bolsonaro admitiu a possibilidade de se filiar ao seu antigo partido.
"A questão do Ciro Nogueira vir para o nosso governo, obviamente a medida provisória já está pronta, mas só vou mandar a publicação depois de conversar com o Ciro Nogueira. Ele não está em Brasília, retonar na segunda-feira e vou conversar com ele, falar quais os limites, e fazer essa proposta para ele. Até porque, eu não tenho partido político ainda. Tentei e estou tentando um partido que eu possa chamar de meu e possa, realmente, se for disputar a Presidência, ter o domínio do partido. Está difícil, quase impossível, então, o PP passa a ser uma possibilidade de filiação nossa. Faz parte da regra do jogo. No Brasil, as eleições não são como as americanas, em que você pode vir candidato independentemente de partido. Se eu pudesse fazer isso, seria a melhor opção para mim. Mas, a regra do jogo está aí e eu tenho que jogar dentro das quatro linhas, não só da Constituição, bem como das leis aqui no Brasil", diz.
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