O deputado Neném Almeida (Podemos) fez uso do seu tempo na tribuna na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira (24) para alertar que o acreano continua pagando o valor do combustível mais caro do país e que algo precisa ser feito para mudar essa triste realidade. O parlamentar lembrou que foi na gestão do ex-governador Jorge Viana que a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) saiu de 17% para 25%.
No entanto, a eleição do governador Gladson Cameli (Progressistas) prometia grandes mudanças para a população acreana, coisa que não houve até o momento. Neném defende que o governo estadual assuma a responsabilidade pela parte que lhe concerne e promova a redução do valor sem esperar por medidas do governo federal.
“A população não quer saber se a culpa é da alta do dólar, da Petrobras ou do Bolsonaro, o que o acreano quer é respeito. Hoje, os 25% de imposto estadual representam 1,60 reais dos 6,40 reais que pagamos no litro da gasolina, ou seja, de cada dois litros que compramos a onça – não é o leão do governo federal – é a onça do governo estadual abocanha meio litro. Isso é um assalto em plena luz do dia todos os dias. “Esse governo precisa parar de ser apenas para alguns e passar a ser de fato um governo de todos”, destacou.
Ainda de acordo com o parlamentar, o Acre tem o valor do combustível mais caro do Brasil, e o município de Marechal Thaumaturgo tem o valor do combustível mais caro do Acre. Naquela localidade, o valor da gasolina está a assombrosos R$ 8,90 e do Diesel 7,90. E isso ainda é passível de aumento nos próximos dias.
Almeida finalizou dizendo: “E, por favor, não me venham colocar a culpa em gestões anteriores. Esse governo foi eleito para promover a transformação, que infelizmente ainda não veio. Também espero que não me venham argumentar dizendo que a manutenção desse imposto é essencial para a Administração Pública, porque somos testemunhas da farra com dinheiro público, seja com puxa-sacos em altos cargos comissionados, com pinturas e repinturas de prédios públicos, com a construção de paradas de ônibus de primeiro mundo onde não passam ônibus, ou passeios desnecessários de comitivas de secretários. Dinheiro tem, o que falta é gestão. E caso precisem de ajuda, basta pedir para o diretor financeiro da COHAB”, encerrou.
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