Imagem circula em grupos de mensagem, com lista de variação do PIB do Brasil e de países de economia desenvolvida
PIB de outros países cresceu e do Brasil encolheu?PIXABAY
Logo depois que o IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a variação do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano, começou a ser compartilhada em grupos de aplicativos uma mensagem que compara o número do Brasil com o dado equivalente de uma lista de países. O Brasil é o único país da lista em que o dado é negativo.
A mensagem contém, basicamente, imagem com uma lista de países e ao lado o percentual de variação do Produto Interno Bruto(PIB) de cada uma dessas economias. São 14 países, incluindo o Brasil. A bandeira de cada um deles é colocada ao lado, como forma de sinalização.
De acordo com a mensagem, os dois primeiros listados são: Portugal e Reino Unido, com variação positiva de 4,9% e 4,8%, respectivamente. Israel e Espanha aparecem em seguida, com 3,6% e 2,8%, respectivamente. Os próximos são Alemanha, Estados Unidos e México. O primeiro e o segundo registrando crescimento de 1,6%, os mexicanos variando positivamente em 1,5%.
China, Itália e Chile se juntaram à casa do 1%, registrando, respectivamente, 1,3%, 1,1% e 1%. França e Suécia cresceram 0,9% do PIB. Japão e Brasil aparecem no final da listagem, com 0,3% positivo e 0,1% negativo.
O PIB é uma pesquisa que envolve Economia e Estatística para tentar refletir tudo o que é produzido e consumido por um país. É, portanto, um retrato de como está a economia daquele país. Se o PIB cresce, é porque o país está produzindo e consumindo mais. Se o índice é negativo, a produção e o consumo estão em queda.
O dado considerado sempre mais relevante é a variação anual do PIB. Mas a variação trimestral é um indicador importante de como a economia de um país reage a situações de crise. Por isso, se um país registra dois trimestres seguidos com variação negativa do PIB, é classificado como um país em recessão econômica.
No dia 30 de agosto, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OCDE) publicou uma análise sobre a variação do PIB das principais economias mundiais. O estudo compara os dados do segundo trimestre deste ano com o trimestre anterior.
A maior parte dos dados listados na imagem que circula na internet estão disponíveis na análise da OCDE. Conferimos ali as porcentagens de variação do PIB de Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Itália, Japãoe França.
O percentual de Portugal confere com o que foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística(INE) do país. A informação de Israel é a mesma do Central Bureau of Statistics israelense. O dado da Espanha é do Instituto Nacional de Estadística e do México é do Inegi(Instituto Nacional de Estatística e Geografia).
Em relação à China, a informação foi checada com dados do National Bureau of Statistics chinês. Para a Suécia, a fonte é a Statatics Sweden e o percentual do Chile foi divulgado pelo Banco Central chileno.
O documento da OCDE, além de apresentar os dados, avalia os resultados. Segundo a análise, apesar do crescimento em relação ao trimestre anterior registrado pelos países listados, as variações permanecem abaixo dos níveis pré-pandêmicos. A única exceção está na economia dos Estados Unidos.
O Brasil não faz parte da OCDE, mas já apresentou candidatura para integrar a organização e atualmente é um não-membro. Dentre os países listados na mensagem, o PIB brasileiro teve a pior variação. Perde não apenas para países com economia altamente desenvolvida, como Alemanha, Estados Unidos e França; como também para outros países da América do Sul(Chile) e países que tem uma economia menor que a nossa, como Portugal.
Segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE, o PIB do Brasil encolheu 0,1% se comparado ao primeiro trimestre de 2021. Em relação ao mesmo período de 2020(primeiro ano da crise induzida pela pandemia de Covid-19), o PIB registrou um crescimento de 12,4%.
Você tem uma informação que gostaria que fosse checada? Envie mensagem para o MonitoR7, por WhatsApp ou Telegram: (11) 9-9240-7777
É fato que PIB de outros países aumentou e do Brasil encolheuREPRODUÇÃO/ARTE R7
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