“Não há dinheiro para os pobres no Brasil. Não há emprego e não há dinheiro. O que sobrou foi a fome. É preciso mudar isso urgentemente”, disse o jornalista à TV 247. Assista
1 de outubro de 2021, 18:55 h Atualizado em 1 de outubro de 2021, 19:19
Mario Vitor Santos (Foto: Reprodução | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
247 - O jornalista Mario Vitor Santos, em entrevista à TV 247, falou sobre a volta da fome no Brasil, simbolizada pela foto de capa do jornal Extra que mostra cidadãos “garimpando” restos de carne em meio a ossos em um caminhão frigorífico.
Segundo Mario Vitor Santos, “o fenômeno da constrangedora e repelente disputa por proteína despejada pela caçamba de um caminhão é expressivo de uma outra epidemia que acontece no Brasil, que é a epidemia da fome”, destacando que “nós todos temos convivido com essa situação que nos assedia nas ruas, nas calçadas, nos sinais de trânsito, nas portas dos estabelecimentos, padarias, mercearias”.
Para ele, “a fome nunca foi tão prevalecente no Brasil como no governo Bolsonaro”. “Nós jamais vivemos uma situação parecida com essa na nossa história”, afirmou.
O jornalista ainda destacou a gravidade do quadro econômico brasileiro por outro lado: enquanto os pobres não têm o que comer, grandes empresas e seus donos bilionários continuam fazendo fortuna por meio do mercado internacional. “Alguma coisa precisa ser feita em relação a este contraste. Empresas como JBS, como a Minerva, grandes frigoríficos, como a BR Foods e outros, têm uma valorização imensa, até porque são grandes produtores de proteína e essa proteína tem grande demanda internacional, tem sua valorização enormemente ampliada. E [essas empresas] se beneficiam da fraqueza do real, do empobrecimento do país diante do dólar, o que beneficia ainda mais o mercado para essas multinacionais brasileiras de proteína”.
“O que aconteceu nesses últimos anos foi o seguinte: a pequena renda dos mais pobres, dos miseráveis do Brasil, mesmo dos mais necessitados, migrou para os mais ricos, para os grandes bilionários brasileiros. A situação é essa. Alguma coisa vai ter que ser feita. Não há dinheiro para os pobres no Brasil, não há dinheiro para os miseráveis. Não há emprego e não há dinheiro. O que sobrou foi a fome. É preciso mudar isso urgentemente”, disse o jornalista.
Fonte: brasil247.com
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