Divulgação pelo MEC do índice de 33,23% fará com que muitos gestores paguem o aumento sem maiores problemas, principalmente aqueles que disseram esperar apenas por esse anúncio. Especialista consultado pelo Dever de Classe fala mais sobre o assunto.
Educação | Para o Especialista em Políticas Públicas Clóvis N Nogueira, consultado pelo Dever de Classe, o anúncio oficial do reajuste de 33,23% para o magistério em 2022 trará algumas consequências imediata. A tendência agora, destaca o pesquisador, é muitos gestores, em particular prefeitos, cumprirem o aumento, principalmente aqueles que disseram esperar apenas por esse anúncio feito nesta quinta-feira (27). "Mas haverá reações contrárias", pondera também.
Em sua opinião, prefeitos e governadores pagarão o reajuste de 33,23%, já que agora foi anunciado oficialmente pelo MEC?
Para muitos, a tendência é sim. Principalmente aqueles que disseram esperar apenas esse anúncio, o mais provável é que cumpram mesmo com a palavra dada. Inclusive alguns até já pagaram antes mesmo desse anúncio oficial de hoje. Estima-se que entre 20% e 30% das prefeituras comecem a anunciar esse reajuste nos próximos dias. A coisa pode ter efeito cascata, até porque fecharam 2021 com os cofres abarrotados de dinheiro do Fundeb.
De onde ainda podem vir problemas?
Dos governadores e da CNM. Governadores sempre alegam que não podem pagar. Mas mesmo entre eles, já há alguns bons indicativos. O governador da Paraíba já anunciou que pagará. E Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, também é possível que pague, pois pressão lá sobre ela está muito grande. Quanto à CNM, essa entidade ligada a prefeitos certamente não se conformará com o reajuste e certamente tentará melar a coisa. Acho que não terá sucesso. Mas é bom não descuidar. O que vai definir mesmo a questão é a mobilização dos educadores.
Postado por sinteacdetarauaca às 05:38