Em nova demonstração de que flerta com golpe, Jair Bolsonaro disse que, em 2016, o então comandante do Exército, Villas Bôas, "marcou a nossa história"
19 de abril de 2022, 21:08 h Atualizado em 19 de abril de 2022, 21:22
Dilma Rousseff e o general Eduardo Villas Bôas (Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação)
247 - Jair Bolsonaro (PL) confessou nesta terça-feira (19) que o general da reserva Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, participou do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. Foi a primeira vez Bolsonaro admitiu claramente a participação militar no processo do golpe de estado. A declaração foi dada em solenidade alusiva ao Dia do Exército, que marca os 374 anos da instituição, em Brasília (DF). O relato dele foi publicado pelo site Metrópoles.
"Quando se fala de Exército brasileiro, vem à nossa mente que em todos os momentos difíceis que a nossa nação atravessou, as Forças Armadas, o nosso Exército sempre esteve presente. Assim foi em 22, em 35, em 64 e em 86 com a transição onde participação ativa do então ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, a transição foi feita com os militares, e não contra os militares", afirmou Bolsonaro. "E também agora em 2016, em mais outro difícil momento da nossa nação, a participação do então comandante do Exército, Villas Bôas, marcou a nossa história", acrescentou.
Naquele ano, Dilma foi acusada de ter cometido as chamadas pedaladas fiscais. Ela foi inocentada pelo Ministério Público (MP) em 2016. O procurador da República Ivan Cláudio Marx levantou suspeitas sobre "eventuais objetivos eleitorais" com as "pedaladas" e afirmou que o caso "talvez represente o passo final na infeliz transformação do denominado 'jeitinho brasileiro' em 'criatividade maquiavélica'".
Também em 2016, uma perícia feita por técnicos do Senado apontou que Dilma não praticou as chamadas "pedaladas fiscais".
Fonte: brasil247.com
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