Os deputados estaduais aprovaram o projeto de lei de reajuste dos servidores de 5,42% na madrugada desta sexta-feira (1º) em uma sessão que foi retomada no começo da noite de ontem (31). Apesar dos discursos de descontentamento pela proposta apresentada pelo governador Gladson Cameli (PP), o texto-base foi aprovado por unanimidade. Já a emenda coletiva que aumentava o percentual para 10,6% foi derrubada por 13 votos a 9.
Os parlamentares aprovaram também o projeto de lei que institui o auxílio alimentação para todos os servidores públicos. São R$ 500 para quem ganha até R$ 4 mil e R$ 420 para quem recebe acima disso. A medida foi construída em um consenso entre os parlamentares, que alargou o alcance do auxílio para todos os servidores públicos.
Outro projeto que foi aprovado é o que cria o auxílio- invalidez no valor de R$ 615,51 para os militares reformados. O relator da matéria, deputado Cadmiel Bonfim (PSDB), disse que “esse valor já vem sendo pago para os reformados. Só é para legalizar. O que está lá é só para os que estão na reserva”. Ainda para os militares, foi aprovado o projeto que cria o auxílio aptidão militar, com uma tabela escalonada para a corporação. Foram apresentadas emendas para equilibrar os valores a serem pagos, porém não passaram.
Educação
O projeto voltado para a Educação também foi aprovado. Os impactos na folha de pagamento com os reajustes nos pisos dos servidores e seus respectivos reflexos, são de R$ 155.441.072,39, de acordo com o governo. A emenda coletiva, que mantinha a diferença de 10% entre as classes da tabela, a aplicação de 33% do piso com repercussão geral em toda a tabela e a remuneração do diretor escolar, foi rejeitada por 12 votos a 9.
O deputado Daniel Zen (PT) foi o primeiro a defender a matéria. Chamou de truculenta a forma que o governo negociou com a categoria. “Governo truculento e mal amanhado, que não sabe negociar, o resultado é isso aí [apontando para a Galeria tomada por servidores]”.
Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que a emenda coletiva apresenta nas comissões “reflete a história de luta de uma categoria que ao longo de 37 anos”. E reiterou o que disse na Comissão de Orçamento e Finanças: “Nenhum desses governadores, teve a coragem de quebrar a espinha dorsal do PCCR da Educação”, ao se referir aos governos de Flaviano, Iolanda Fleming, Edmundo Pinto, Romildo Magalhães, Orleir Cameli, Jorge Viana, Binho Marques e Tião Viana.
Da redação do Notícias da Hora