quarta-feira, 20 de julho de 2022

Número de adolescentes que dizem não ter amigos cresce 48% em Rio Branco, aponta pesquisa


Levantamento mostra que tendência afeta mais meninos e estudantes de escolas públicas.


Número de adolescentes que dizem não ter amigos cresce 48% em Rio Branco, aponta pesquisa — Foto: Adrian Swancar/Unsplash

O número de adolescentes estudantes do 9º ano do ensino fundamental que dizem não ter amigos cresceu em Rio Branco, de acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) divulgada na semana passada com dados referentes ao ano de 2019.

O problema atinge 4,6% dos estudantes das escolas públicas e particulares da capital acreana. Em 2012, a proporção era de 3,1%, o que representa um crescimento de 48%. No Acre, esse índice chegou a 4,9% em 2019.

O levantamento aponta que a tendência afeta mais os meninos e os estudantes da rede pública. Do total que respondeu que não tem amigos, 5,7% são meninos e 4,9% estudam em escolas públicas.

Mais da metade dos estudantes de 13 a 17 anos do Acre se sentiu muito preocupada com as coisas comuns do dia a dia. As meninas são as que mais se preocupam, representando 60,1%, e os estudantes de escolas particulares (66,1%).

O estudo mostra que 33,2% dos adolescentes do estado se sentiram tristes na maioria das vezes ou sempre, nos 30 dias anteriores à pesquisa. Na capital acreana, esse percentual sobe para 35,5%. As meninas também são maioria nesse quesito, chegando a 45,8% e estudantes de escolas públicas.

Cerca de 30,5% dos estudantes relataram que sentiram que ninguém se preocupava com eles e 38,1% se sentiram irritados, nervosos ou mal-humorados na maioria das vezes ou sempre. Em Rio Branco, esse percentual sobe para 33,7% e 42%, respectivamente.

O levantamento traz ainda que 23,7% dos adolescentes acreanos já sentiram que a vida não vale a pena ser vivida. A maioria dos casos é de meninas e estudantes de escolas públicas. Cerca de 18,5% deles autoavaliaram sua saúde mental como negativa.

Por Iryá Rodrigues, g1 AC — Rio Branco
19/07/2022 17h44 Atualizado há 15 horas

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