Fome avança e doações despencam; líderes comunitários apontam culpa de Bolsonaro

Para líderes comunitários que observam de perto o avanço da fome, a postura de Bolsonaro de minimizar o assunto contribuiu para a diminuição de doações de cestas básicas
30 de novembro de 2022, 07:32 h Atualizado em 30 de novembro de 2022, 08:07

Homem carrega cesta básica destribuída para moradores de favela em São Paulo (Foto: REUTERS/Carla Carniel)

247 - Doações de cestas básicas por pessoas físicas, empresas e órgãos públicos despencaram cerca de 80% desde o período mais crítico da pandemia de Covid-19, disseram líderes comunitários ao UOL.

Para estes líderes, que observam de perto a crise alimentar, a postura de Jair Bolsonaro (PL) contribuiu para a diminuição das doações. Além da volta à rotina depois do período mais agudo da pandemia - que também influencia na queda de doações -, Bolsonaro minimizou a fome durante o período eleitoral.

Ele afirmou em outubro, por exemplo, que "não se justifica passar fome no Brasil", já que o Auxílio Brasil pagaria, em uma média diária, valor suficiente para comprar até dois quilos de frango.

"O assunto passou batido, como se não fosse um tema grave. Nos debates não foi presente. Não acabou, o problema continua grave. As doações diminuíram, mas a demanda só aumenta", afirma Preto Zezé, presidente da Cufa (Central Única das Favelas).

Segundo dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, a fome avançou em 2022 e
33 milhões de pessoas não têm o que comer.

Você pode doar: Ação da Cidadania - https://www.acaodacidadania.org.br/
Associação dos Moradores Brasilândia/Cachoeirinha - (11) 997278502
Instituto Casa Amarela Social: https://www.casaamarelag10pe.org.br/

Fonte: brasil247.com

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