Coordenador do Grupo de Trabalho do Meio Ambiente, o ex-senador Jorge Viana (PT), concedeu entrevista à Globo News na tarde desta quarta-feira, 30, para falar sobre o andamento dos trabalhos do grupo que está coordenando em Brasília, composto também pelos ex-ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, Izabella Teixeira e Carlos Minc. Jorge Viana informou que o grupo está fechando a primeira versão, do primeiro relatório para entregar na coordenação-geral da equipe de transição.
“O presidente Lula assumiu dois grandes compromissos. Um é uma questão de vida para ele, que é auxiliar às famílias carentes, enfrentar o problema da fome. E o outro, também lida com vida, inclusive do planeta, que ele assumiu internacionalmente de enfrentar o desmatamento, a questão do clima e empoderar o enfrentamento dessa agenda no novo governo”.
Viana falou do desafio que de coordenar o grupo de transição do Meio Ambiente. Segundo ele, é uma missão com desafio enorme. “Mas, não é tão complexa porque temos aqui um grupo muito qualificado que está nos auxiliando, mesmo tendo dificuldades para adquirir dados do atual governo”, destacou.
O ex-senador pontuou ainda que enfrentar o desmatamento é talvez a ação mais importante que o governo do presidente Lula precisará fazer a partir de janeiro de 2023. “Mas, nós vamos montar uma estratégia de enfrentar. Já em janeiro acredito que tem condição de algumas ações fortes serem implementadas”, assegurou.
Jorge Viana revelou que há registraram 60 garimpos ilegais dentro das áreas indígenas. Em sete delas, ele informou que a situação é gravíssima. “Então, temos desmatamento em unidades de conservação, não cabe isso, dentro de áreas da União. Têm ações que certamente da para começar já no primeiro dia e dar uma satisfação para a sociedade”, frisou.
O coordenador acrescentou ainda que tem um novo arco do desmatamento na divisa do Acre, Rondônia e sul do Amazonas. E, ressaltou que há ainda déficit de 2.130 servidores devido ao desmonte que o governo de Bolsonaro promoveu na área ambiental.
“O presidente Lula vai trazer, certamente, nos primeiros dias de governo, o Fundo Amazônia de volta. São R$ 3 bilhões que vão auxiliar no enfrentamento ao desmatamento. Temos que ter uma recomposição orçamentária, mas o mais importante é revogar medidas que abriram a porteira para o desmatamento ilegal”, avalia.
Jorge Viana disse ainda que o Brasil está enfrentando é um desmatamento ilegal num patamar muito elevado. “Esse governo ficou quatro anos com crescimento de desmatamento. É uma necessidade o enfretamento dessa situação, inclusive para quem cria, para quem produz. Porque está dando insegurança jurídica para quem trabalha e produz. Os recursos precisam ser garantidos para o novo governo, por isso nós vamos apresentar um item importante que é a reforma orçamentária funcional e uma decisão política que já foi tomada pelo presidente Lula de enfrentar o desmatamento. Mudar essa agenda e fazer com que o Brasil possa cumprir seus compromissos de redução de emissões e o Acordo do Clima de Paris”, finalizou.
Por Assessoria.
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