LUNA DO EVANDRO | Disputa pelo Governo em 2026 passa pelas eleições municipais em 2024; com o fim do Carnaval, iniciam as escolhas


O fim do Carnaval significa o início do ano, de fato e direito. Virou cultura no Brasil. Terminada a festa com a ressaca das cinzas, ontem, nesta quinta é hora de trabalhar. Começam, também, as tratativas para as eleições de 2026, que passa, necessariamente, pela eleição do ano que vem, quando as 22 prefeituras serão disputadas com unhas e dentes. Quem se sair melhor, se fortalece para 2026. Toda prefeitura é importante para quem é do seleto time das principais lideranças políticas, mas se sabe que Rio Branco é Cruzeiro do Sul são as cerejas. Na capital quem deixar para se articular no ano que vem vai ficar na poeira. Tem que começar hoje e alguns começaram ano passado, logo depois das eleições. Nomes não é o problema. O problema é achar o padrinho certo.

Na lista dos que brigarão pela prefeitura da capital, o prefeito Tião Bocalom (PP) está na cabeça. Simples: pelo comezinho direito que tem de disputar a reeleição. Ele luta para atrair o apoio do governador Gladson Cameli, de alguns senadores e deputados federais. Apesar de ser do mesmo partido do governador, o apoio de Cameli não é certo. No Palácio circulam outros nomes. O mais badalado é o da deputada federal Socorro Neri (PP). Tem ainda a líder do Governo na Aleac, deputada Michelle Melo (PDT), que tem interesse e já declarou isso à coluna. Pela esquerda, tem um pretendente, o ex-deputado Jenilson Leite (PSB), e um que está sendo convencido a ir pra disputa, o ex-prefeito Marcos Alexandre (sem partido).

Nesta quarta de cinzas a coluna obteve informações segundo as quais os dois podem formar uma chapa só, com Jenilson de vice. Mas é sabido que até isso ser fechado muitas feridas precisam ser cicatrizadas. PT e PSB arengaram nas últimas eleições. Correndo por fora, ainda tem o nome que o MDB trará para a discussão, além da carta na manga do senador Sérgio Petecão, do PSD. Fala-se também em um nome que teria a benção do senador Márcio Bittar, do União Brasil. Para quem conhece o mínimo de política, esse monte de nomes pode se reduzir a um ou dois.

O governador Gladson Cameli tem capacidade de atrair todos em torno do candidato que ele escolher. Cameli se reelegeu sozinho, mas disse que jamais usará isso para tomar decisões arrogantes. Pelo contrário. Quer acenar pra todos e vai ser agora, depois do Carnaval. O certo é que daí, nesse embolado todo, é que vão nascer as candidaturas mais competitivas pra disputa pela prefeitura da capital.

CRUZEIRO DO SUL

No segundo maior colégio eleitoral do Acre, Cruzeiro do Sul, o caldo também começa a ferver agora, com o fim do Carnaval. O prefeito Zequinha Lima (PP) tem a máquina na mão e a simpatia do governador mais popular da história do Acre, Gladson Cameli. Por isso é favorito, embora haja movimentações nos bastidores apontando o surgimento de uma chapa competitiva, caso a ex-deputada federal Jéssica Sales (MDB) decida disputar. Ela não parece ser o que apareceu em recente pesquisa, onde surge massacrando o atual prefeito com estranhos 70%.

Zequinha Lima, prefeito de Cruzeiro do Sul (Foto: Arquivo)

Esse número está sendo altamente questionado na região e pelas mais curiosas razões, a começar pela falta de respostas para perguntas como que fórmula, qual registro e quando essa pesquisa foi feita. Piora ainda quando no mesmo levantamento até o irmão de Jéssica, Fagner, aparece melhor avaliado que o prefeito Zequinha. Muito estranho, questiona um analista da região.

TERCEIRIZADAS

Os deputados estadual Afonso Fernandes (PL) e federal Ulisses Araújo (UB), que representam empresas terceirizadas, precisam iniciar um trabalho urgente de reconstrução de seus nomes nas bases. Nas conversas de bastidores só dá eles pegando pancadas.

INVOCOU ATÉ O GOVERNADOR

O governador Gladson Cameli (PP) se invocou com o diabo de tanto roubo de fios no centro de Rio Branco. Chamou o chefe da Polícia Civil e mandou fazer uma investigação especial.


REELEIÇÃO A VISTA

De parceria refeita com o empresário Nelsinho Brás, pai da deputada Michelle Melo (PDT), o prefeito de Plácido de Castro, Camilo da Silva (ainda sem partido), reasfata seu caminho pra reeleição. Camilo é bem avaliado em todas as pesquisas.

VOLTA DO HASSEM

Diretor presidente do IMAC, o advogado André Hassem (sem partido) está sendo alcovitado por um grupo a disputar a prefeitura de Epitaciolândia. Ele ainda está arisco sobre esse assunto, mas tem pesquisas favoráveis.

NOMES TÉCNICOS

Caso o governador Gladson Cameli (PP) decidisse tirar da manga uma carta para colocar para disputar a prefeitura de Rio Branco nomes com perfis técnicos, dois nomes estão na cabeça da lista: Petrônio Antunes, do Deracre, e Aberson Carvalho, da Educação.Petrônio Antunes (Foto: Arquivo)

CABO DE PESO

Caso a deputada federal Socorro Neri (PP) dispute a Prefeitura de Rio Branco, ela terá um cabo eleitoral muito forte, o presidente da Federação da Indústria, José Adriano. Ele é primeiro suplente dela.

NORMAL

Normal o deputado federal Ghelen Diniz (PP) não aportar emendas na prefeitura de Sena Madureira, como ele declarou esses dias a um colunista. Na cadeira daquela prefeitura está sentado seu principal adversário político.

Gherlen Diniz, deputado federal (Foto: Arquivo)

BRIGA DE FOICE

Além do Governo, em 2026, a disputa para o Senado vai pegar fogo. São duas vagas. E tem o governador Gladson Cameli como um dos possíveis concorrentes e só ai pode se dizer que só sobra uma vaga. Vai ser uma briga de foice.

PRA HISTÓRIA

Depois de ser vendedor de picolé e motorista de ônibus, o vereador Raimundo Neném (Podemos) vai entrar para a história como o presidente da Câmara Municipal de Rio Branco que vai construir e inaugurar a sede daquele poder, que vive de aluguel em aluguel há 60 anos. Por falar nisso, tem entrevista exclusiva do AcreNews com ele. Não deixe

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem