Cifra é superior a aquela projetada pelo Banco Central de Roberto Campos Neto e contraria as expectativas.
Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda. Marcelo Camargo / Agência Brasil
O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, foi questionado nesta quinta-feira (28) sobre as projeções do Banco Central a respeito do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, que saíram de 2% para 2,9%. Na resposta, o ministro surpreendeu os interlocutores ao revelar as projeções do Governo Lula.
“Deve subir um pouquinho mais, eu acredito. Nossa projeção está superior a 3%. Cada um tem a sua metodologia mas tudo está convergindo. No começo do ano um dizia que ia ter recessão, outro que iria crescer 1%, outro que ia crescer 2%, e todos estão errados porque vamos crescer mais de 3%”, disse.
Haddad defendeu a política econômica do Governo Lula e afirmou que se projetos como o programa Desenrola, a tributação dos fundos exclusivos e o marco fiscal, além da própria Reforma Tributária, forem aprovados no Congresso Nacional, as projeções para o crescimento do país podem aumentar ainda mais. Também demonstrou confiança em relação ao apoio construído entre os parlamentares.
"Estou confiante de que nós podemos até o final de outubro ter uma votação expressiva no Senado. Se houver alteração, volta para a Câmara para o arremate final. Mas nós temos condições de votar a reforma tributária este ano e promulgá-la este ano", disse Haddad.
O PIB do primeiro semestre do ano já surpreende. O Brasil conquistou a sexta posição em termos de desempenho econômico nos primeiros seis meses deste ano, quando comparado com outras 49 economias que já publicaram seus resultados para o mesmo período.
O PIB brasileiro registrou um aumento de 2,7% durante esse período, ficando posicionado logo após a Indonésia e a China - ambas com um crescimento de 3%. Atrás apenas dos Estados Unidos no ranking, a China, a maior economia emergente, é detentora do segundo maior PIB global.
O desempenho inesperado da atividade econômica no segundo trimestre de 2023 levou a um aumento nas projeções de crescimento do PIB brasileiro para o ano, com consultorias e instituições financeiras prevendo um crescimento de 3% ou até mais ainda no começo de setembro.
Fonte: revistaforum.com.br
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