Presidente já tem a garantia de Davi Alcolumbre que as respectivas sabatinas ocorram antes do recesso parlamentar
Flávio Dino. Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu o martelo e decidiu mesmo indicar o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), para uma cadeira no STF (Supremo Tribunal Federal). Além disso, o presidente também vai indicar Paulo Gonet para o comando da PGR (Procuradoria Geral da República).
A confirmação teria sido feita por Lula tanto a aliados quanto a ministros do STF. O anúncio dos nomes deve ser feito pelo presidente antes e embarcar nesta segunda-feira (27), para a Arábia Saudita, onde vai participar da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-28. De lá, Lula seguirá para a Alemanha, só retornando ao Brasil em 5 de dezembro.
Os dois nomes serão sabatinados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Após essa etapa, os nomes são submetidos ao plenário da Casa.
Alcolumbre teria garantido a Lula a marcação das sabatinas no menor tempo possível, antes do recesso parlamentar, que começa em 22 de dezembro. Alcolumbre criou problemas para o presidente nos últimos tempos, mas, recentemente, se reaproximou do Palácio do Planalto.
Gonet foi avisado
Gonet foi avisado neste domingo por interlocutores de Lula que a indicação deve ser anunciada nesta segunda.
A subprocuradora-geral Elizeta Ramos, vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, ocupa a chefia da PGR interinamente desde setembro, quando Augusto Aras, que ocupou o cargo por dois mandatos, deixou o posto em 26 de setembro. Aras chegou a tentar articular a própria recondução, mas seu passado, atrelado a Jair Bolsonaro (PL), tirou suas chances.
Gonet é apoiado pelos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do STF, e consta como um dos favoritos desde o início da disputa pela PGR.