Ray Melo, do Notícias da Hora Blog do Ray 03 Janeiro 2025
Bom dia! Boa tarde! Boa noite!
Além de viver a lua de mel pelo casamento, o prefeito Tião Bocalom (PL) ainda não acordou do sonho de vencer uma reeleição no primeiro turno, onde reuniu as principais lideranças políticas dos partidos de direita em seu palanque.
Sem sinalizar ainda com a divisão de poder com os aliados, Bocalom precisa apressar o passo e contemplar quem foi para as ruas pedir votos, já que, apesar de contar com a maioria das forças políticas ao seu lado, a oposição é pequena, mas barulhenta.
A popularidade pode escorrer entre os dedos como areia caso a insatisfação dos aliados pela falta de ‘afagos’ se torne pública com a demora da transição. Por enquanto, as reclamações pela ‘falta de cobertor’ acontecem apenas nos bastidores.
Não há político dono de votos, o exemplo foi deixado pelas gestões petistas que acreditavam que o projeto seria perpétuo, mas em uma só eleição perderam todo o espaço político e de poder que conquistaram ao longo de 20 anos.
O prefeito reeleito terá ainda três pedras afiadas no sapato. O bloco de oposição na Câmara de Rio Branco será pequeno, qualificado e barulhento. Na Posse, o petista André Kamai, já deu uma demonstração de como será sua atuação no parlamento.
Vaiado pelos ‘news direitistas’ que, num passado recente, também foram embalados pelo poder e eram ‘esquerdistas’, Kamai disse que não se intimidaria com as vaias e que estaria acostumado com embates políticos nas esferas estadual e municipal.
Outro que ligou a metralhadora giratória antes mesmo da posse, foi Eber Machado, do MDB. Apelidado pelos apoiadores de Bocalom, como o ‘vereador tiktok’, Machado usa as redes sociais para apresentar vídeos e denúncias sobre a gestão municipal.
Em silêncio, por enquanto, Neném Almeida (MDB) é outro parlamentar que promete dar trabalho na Câmara. Sem contar com o vereador reeleito Fábio Araújo (MDB), que durante a campanha disparou várias denúncias contra a gestão municipal.
Portanto, seria prudente despertar do transe da reeleição no primeiro turno e começar a fazer as articulações necessárias para evitar o movimento de insatisfação que cresce nos bastidores com a falta de comunicação sobre a divisão do bolo.
Evitando o fogo amigo, fica mais fácil enfrentar a artilharia virtual da oposição.
POR NOTICIASDAHORA.COM.BR