Por g1
12 de fevereiro de 2025
Dinheiro, Real Moeda brasileira
Em 2024, o contrabando, as falsificações e a pirataria produziram um prejuízo de meio trilhão de reais para a economia brasileira.
É pelas estradas que quase todo produto falsificado ou contrabandeado é distribuído pelo Brasil. Em 2024, o item apreendido em maior quantidade foi cigarro. Só a Polícia Rodoviária Federal recolheu 58 milhões de maços e mais de 600 mil cigarros eletrônicos – que são proibidos pela Anvisa.
“Por diversas outras rotas, ele vai entrando no território nacional, tanto para abastecer mercados internos, grandes centros, grandes polos urbanos do país, como também para ser importado para outros locais”, diz Allyson Simensato, coordenador-geral de Combate ao Crime da PRF.
O setor da economia mais atingido é o de roupas. O prejuízo foi de R$ 87 bilhões. Em seguida vêm os setores de bebidas alcoólicas, combustíveis, material esportivo, perfumaria e cosméticos, defensivos agrícolas, ouro e TV por assinatura, por exemplo. O setor audiovisual teve um prejuízo de R$ 4 bilhões. É a pirataria digital de softwares, cursos online, vídeos, músicas e filmes, vendidos sem autorização dos donos.
O Fórum Nacional Contra a Pirataria estima que o prejuízo total para a economia brasileira em 2024 foi de R$ 468 bilhões, entre o que fábricas e lojas deixaram de vender e os impostos que não foram recolhidos – mais do que quatro vezes o valor de 2014, quando o levantamento começou.
Segundo o Fórum Nacional Combate à Pirataria, esse crime precisa ser combatido em duas frentes: na demanda, com campanhas para desestimular a compra desses produtos pela população, e na oferta, com a inteligência policial para combater as quadrilhas, que estão se sofisticando.
Por Leandro Mathaus