“A retomada da indústria naval é vital para o Brasil e o Rio Grande do Sul”, diz Bohn Gass

Deputado critica impactos da Lava Jato e dos governos Temer e Bolsonaro na indústria naval e destaca retomada do setor com novos investimentos da Petrobras
(Foto: Marinha do Brasil | Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Elvino Bohn Gass (PT-RS) enfatizou, em entrevista ao Bom Dia 247, a relevância da retomada da indústria naval para a economia brasileira, especialmente para o Rio Grande do Sul. A declaração ocorre no contexto do recente anúncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a contratação de quatro novos petroleiros para a frota da Petrobras e da Transpetro. Essa iniciativa faz parte de um plano maior, que prevê a construção de 44 embarcações no Brasil, com investimentos de R$ 23 bilhões e a geração de cerca de 44 mil empregos.

Bohn Gass relembrou que o setor naval foi duramente afetado por políticas econômicas e decisões judiciais nos últimos anos. "Tivemos com Lula e Dilma um polo naval importante no Rio Grande do Sul", afirmou, destacando que essa estrutura gerou milhares de empregos e impulsionou a economia regional. Contudo, segundo ele, "tudo aquilo foi destruído pelo Sérgio Moro e pela Lava Jato". O deputado responsabilizou a Operação Lava Jato pela paralisação da indústria naval, o que resultou na demissão em massa de trabalhadores. "Havia pleno emprego em Rio Grande", enfatizou.

Ele também criticou as gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, acusando-as de promoverem a destruição do setor. "O que Temer e Bolsonaro fizeram destruiu o polo naval e acarretou a venda de estruturas da Petrobras", disse. Segundo Bohn Gass, a reconstrução da indústria naval só está sendo possível agora, com as novas políticas do governo Lula. "Só agora o presidente Lula está conseguindo retomar esse setor", afirmou.

O deputado também ressaltou os impactos econômicos da nova fase da indústria naval, informando que "agora, 44 navios serão construídos no Brasil, dos quais quatro no Rio Grande do Sul". Apenas nesta etapa inicial, serão gerados 1,5 mil empregos diretos no estado. Ele reforçou a importância estratégica desse investimento: "A retomada da indústria naval é vital para o Brasil e o Rio Grande do Sul".

Além disso, Bohn Gass defendeu a reativação de empresas prejudicadas pela Lava Jato. "Precisamos retomar empresas que a Lava Jato destruiu", declarou. Ele também mencionou o potencial da Margem Equatorial para a exploração de petróleo e alertou sobre o risco de o Brasil perder esse mercado para concorrentes internacionais. "Nós precisamos das riquezas da Margem Equatorial. Se não formos nós, serão os concorrentes da Petrobras", disse.

Segundo ele, a Petrobras tem capacidade técnica para realizar essa exploração com segurança e responsabilidade ambiental. "A Petrobras tem mecanismos de prevenção e tecnologias mais seguras de produção", garantiu. O deputado argumentou que a retomada da indústria naval e os investimentos no setor petrolífero estão alinhados com a estratégia do governo para garantir soberania energética e crescimento econômico.

A contratação dos quatro navios petroleiros anunciada por Lula em Rio Grande faz parte do Programa de Ampliação da Frota da Petrobras, que visa reduzir custos logísticos e fortalecer a cadeia produtiva nacional. Os primeiros navios serão do tipo Handy, projetados para transporte de petróleo e derivados, apresentando maior eficiência energética e uma redução de 30% na emissão de gases poluentes em comparação à frota atual da estatal.

Para Bohn Gass, a retomada do setor naval representa um passo essencial na reconstrução da economia e no fortalecimento da indústria brasileira. O deputado defendeu a ampliação dos investimentos e a recuperação de setores estratégicos enfraquecidos nos últimos anos, reforçando a necessidade de uma política industrial voltada para o desenvolvimento e a geração de empregos no Brasil. Assista:

Por brasil247.com

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