
O número de trabalhadores afastados por problemas de saúde mental no Acre atingiu 519 casos em 2024, acompanhando a alta nacional, que registrou mais de 470 mil licenças médicas, o maior índice da década.
Dados divulgados nesta segunda-feira, 10, pelo Ministério da Previdência Social revelam que a ansiedade e a depressão lideram as causas de afastamento no estado, com 164 e 124 registros, respectivamente. Especialistas apontam que fatores como insegurança econômica, dificuldades de acesso a tratamento psicológico e pressões no ambiente de trabalho contribuem para esse cenário.
O maior número de licenças está nos estados mais populosos, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No entanto, proporcionalmente, quando considerado o número de afastamentos em relação à população, os maiores índices foram registrados no Distrito Federal, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Em 2024, foram 3,5 milhões de pedidos de licença ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) motivados por diversas doenças. Desse total, 472 mil solicitações foram atendidas por questões de saúde mental. No ano anterior, foram 283 mil benefícios concedidos por esse motivo, um aumento de 68%.
O INSS não informou quanto de sua verba foi revertida para assistência à saúde mental. Apesar disso, esclareceu que as pessoas passaram, em média, três meses afastadas, recebendo cerca de R$ 1,9 mil por mês. Considerando esses valores, o impacto pode ter chegado a quase R$ 3 bilhões em 2024.
Segundo as informações, não há uma explicação específica para o índice de cada estado, mas especialistas lembram que, no caso do Rio Grande do Sul, por exemplo, a tragédia das enchentes, que matou centenas de pessoas e deixou milhares sem casa, afetou diversas esferas da vida dos trabalhadores.
As informações são do G1 Nacional.
Por ac24horas.com